Livros de Areia

sábado, 29 de novembro de 2008

Callema: apresentação



Imagem da apresentação, há poucas horas, do número cinco da Callema. Espaço (da Trama) bem recheado para ouvir Ilídio Vasco e companheiros da Cooperativa Literária, e os Lousy Guru (grande música!). O Ilídio, que tem feito um trabalho muito meritório (e complicado, pelo equilíbrio na cuting edge do design editorial mais comercial) como designer (na Guerra&Paz) e divulgador, coordenou a secção "Câmara" deste número, onde eu, o Nuno Seabra Lopes e o Professor Fernando Cabral Martins tentámos articular sobre o que ele acabou por referir hoje: a forma dos livros, a tradução gráfica do conteúdo literário, e a ideia (muito pouco defendida por cá) de que o autor de um livro não é apenas a pessoa que escreve o texto. A revista recomenda-se, pois, e pode ser comprada aqui.
(PM)

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Callema número cinco

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domingo, 23 de novembro de 2008

O Presidente de Thomas Bernhard



"Ambição, ódio: mais nada"
: assim se resumia a carreira de um "presidente" de um país não identificado, após vinte anos de governo ininterrupto, em meados dos anos 1970, nesta peça do austríaco Thomas Bernhard. Não por acaso, este Presidente vem morrer no Estoril, com a sua amante e os seus fantasmas: Portugal era a referência incontornável de qualquer estudo sobre a corrupção da política. Estreia dia 26 de Novembro, Quarta-feira, no Teatro Municipal de Almada, no que constitui a primeiríssima adaptação para português (numa tradução de José Palma Caetano) deste texto que tem tanto a ver com a nossa (não tão remota assim) história.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

They don't make'em like this anymore

Eis a prova de que um documentário sobre um editor pode ser excitante e divertido. Chama-se Obscene, é sobre Barney Rosset da (antiga) Grove Press, um quebra-cabeças para a censura americana que, entre idas a tribunal e uma ou outra orgia, publicava Beckett, Ionesco, Mamet, Stoppard, Miller e Burroughs. Rosset faz 80 anos este ano e já não há editores assim.

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Na Index do Porto, para o terceiro





Estaremos amanhã, Sábado dia 8 de Novembro, na livraria Index do Porto (ao Palácio de Cristal, girem a cabeça que dão pelo logo verde e branco sobre a porta, ou então liguem para o 226 094 805), pelas 19:00 horas, para participar na celebração do seu 3.º aniversário. Dada a altíssima envergadura dos outros convidados, só mesmo a imodéstia nos faria aceitar o convite sem outra razão. E esta é simples: estamos na Índex desde os primeiros dias de actividade, tendo lá colocado alguns dos primeiros exemplares de Em Busca do Livro de Areia de Rhys Hughes em Dezembro de 2005, em mãos da Justa e da Márcia Barbosa (que continua à frente do projecto), e até hoje, apesar das dificuldades, esta livraria revelou-se um exemplo de resistência e um modelo para as livrarias, independentes ou outras (as fotos que acompanham o post foram tiradas no dia de entrega dos livros).
Assim sendo, lá estaremos, para falar destas coisas ou doutras.

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Listas curtas e caudas longas

Com alguma surpresa, soubemos da nomeação de 4 títulos nossos para os Prémios LER/Booktailors, nada menos do que 3 para o Prémio Melhor Capa de Literatura (Chance, Pequenos Mistérios e A Sereia de Curitiba) e 1 para o de Melhor Capa Não-Ficção. Apesar da supra referida surpresa (agradável, confessamos), e da sensação de algum exagero no número no que toca à Literatura (houve outras excelentes e porventura melhores capas por aí, mas agradecemos, de qualquer forma), gostaríamos, sobretudo, que isto fosse uma oportunidade para que estes títulos (não apenas os nossos) voltassem às livrarias, nem que fosse por mais uns breves dias, agora que estão já em fase de entrada nessa "longa cauda" que uns visionários pretendem (e assim o esperamos) salvífica do retalho, cauda onde caem cada vez mais livros com cada vez menos tempo de vida em livrarias (cremos que uma novidade, hoje em dia, se mede por dias, em vez de meses, como acontecia não há muito). É também uma oportunidade para reforçarmos que editar sem luxos (nenhuma destas capas leva verniz, cortantes ou dourados/prateados, e TODAS foram impressas em sistema digital) e pouco mas (assim o tentamos) bem é um dos caminhos para compensar um mercado pautado pelo excesso de oferta e por cada vez menos procura informada e regular. E é, no fundo, uma homenagem que queremos que fique aos autores em causa: Jerzy Kosinski, Rhys Hughes e Bruce Holland Rogers.
Pois que venham as listas curtas, e que a cauda longa nos seja benéfica. Ámen.

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