Livros de Areia

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Definitivo



Zeca ou José Afonso, não sei. Dele, lembro-me de o ver duas vezes, ao longe, em concertos populares, mas a música não passava e o que havia era mais um sinal, coado por outros, da presença de um "mito", acessível e por isso mesmo incompreensível. Mas anos depois ouvi, ao acaso, Era um redondo vocábulo, e aquilo não era nem do Zeca, nem do José, não era "popular" ou "revolucionário" ou "erudito". Aquilo era uma obra-prima. Aquilo era uma das poucas coisas que, ao longo da nossa história do último século, nos catapultou para a frente, nos pôs ao lado do tempo. Aquilo era o nosso "All tomorrow's parties" ou o nosso "I'll be your mirror", ou algo do Dylan de Blonde on Blonde. Aquilo (e aquilo é também o arranjo de sons de José Mário Branco) era definitivo.
P.S.: Excelente página a da Associação José Afonso.
(PM)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Comento apenas o que sei.
José Cerqueira Afonso dos Santos existiu. Um pouco por toda a parte.
Garanto mais: seja o vocábulo redondo ou não (perfeito!), existe, cada vez mais, um pouco por toda a parte.
O que é um bom sinal!

Outubro Maduro

1:41 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home