Livros de Areia

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Definitivo



Zeca ou José Afonso, não sei. Dele, lembro-me de o ver duas vezes, ao longe, em concertos populares, mas a música não passava e o que havia era mais um sinal, coado por outros, da presença de um "mito", acessível e por isso mesmo incompreensível. Mas anos depois ouvi, ao acaso, Era um redondo vocábulo, e aquilo não era nem do Zeca, nem do José, não era "popular" ou "revolucionário" ou "erudito". Aquilo era uma obra-prima. Aquilo era uma das poucas coisas que, ao longo da nossa história do último século, nos catapultou para a frente, nos pôs ao lado do tempo. Aquilo era o nosso "All tomorrow's parties" ou o nosso "I'll be your mirror", ou algo do Dylan de Blonde on Blonde. Aquilo (e aquilo é também o arranjo de sons de José Mário Branco) era definitivo.
P.S.: Excelente página a da Associação José Afonso.
(PM)

Pulga morde em Março

Será talvez pela aproximação dos pólenes primaveris, mas o certo é que a pulga regressará no final de Março. Dia 24, voltaremos a apresentar Criaturas da noite de Lázaro Covadlo no Porto, na FNAC de Sta. Catarina, e dia 26 (Segunda) em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa (o nome dos apresentadores será divulgado em breve). Ambas as apresentações terão lugar pelas 18:30, com a presença do autor. O Coelhinho da Páscoa que se cuide...

E não se podia...



... pedir ao El Pais para que o Babelia incluisse umas 4 páginazitas sobre a edição em Portugal?
... pedir-lhe, já agora, que criasse um Babelia Portugal?
... pedir a estes senhores dos grupos de media portugueses que não toquem nos suplementos que estão bem?
... pedir-lhes, em suma, e de forma clara, que nos devolvam o Mil Folhas do Público e que não toquem no do Diário de Notícias?
Obrigadinhos.
(foto retirada daqui)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Se passarem por Macau





Estamos ali, naquela loja vermelha. Chama-se Bloom (ver endereço e contacto no nosso site) e não há forma de passar despercebida. Boas compras e boa viagem... de volta.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Mais fotos







Do portal da Câmara Municipal da Póvoa, estas fotos, que documentam a nossa apresentação de Criaturas da noite, no dia 6, à noite.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Cancelada

Lamentamos informar que a apresentação de Criaturas da noite, anunciada para o Porto no dia 12, Segunda-feira, foi cancelada. Tentaremos fazer regressar Lázaro Covadlo a Portugal em Março. Pedimos desculpa.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Uma pulga na TV (II)







Câmara Clara, RTP :2, 09.02.2007, 22:30 horas. Lázaro Covadlo entrevistado por Paula Moura Pinheiro. É oficial: a pulga saltou para dentro da TV...

Infelizmente

Infelizmente, e devido ao stress das actividades nas Correntes d'Escritas e ao pouco tempo disponível fora delas, Manuel Jorge Marmelo não poderá apresentar Criaturas da Noite na Segunda-feira à noite na Index, no Porto. Para os distraídos: MJM é o autor de um dos melhores blogues online, e uma verdadeira cura para os dias chatos, o brilhante (e indispensável, já) Tatarana.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Uma pulga na TV







Lázaro Covadlo foi entrevistado por Paula Moura Pinheiro ontem, dia 7 de Fevereiro, para o programa Câmara Clara. O bar/café/biblioteca Diana, na marginal da Póvoa de Varzim, foi transformado num estúdio de televisão. Nas fotos, Lázaro está sentado frente a Ignácio Martinez de Pisón. O programa final será exibido amanhã, dia 9, pelas 22 horas, na :2.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

A pulga vai ao Porto

Lázaro Covadlo estará no Porto, dia 12 (próxima Segunda-feira), pelas 21:30, para uma segunda e mais íntima apresentação de Criaturas da noite. Será na livraria Index, ao Palácio de Cristal.

Ontem foi assim


Correntes d'Escritas,
2007. Hall do Novotel Vermar, na Póvoa de Varzim, entre as 22 e as 23 horas. Lázaro Covadlo foi oficialmente apresentado a Portugal. Nenhum sinal de pulga por perto, feliz... ou infelizmente. Tudo muito agradável, apesar do cansaço. Obrigado.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Hoje e aqui

Novotel Vermar
Rua da Imprensa Regional
Póvoa de Varzim
Informações: 252 090 000
(Clicar o mapa para ver com mais detalhe)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Intraduzível?

Haverá livros intraduzíveis? Não me refiro a uma incapacidade técnica do tradutor para saltar as barreiras que o livro lhe ponha à frente, mas, simplesmente, à ideia de traição, ou, pior ainda, de pura perda de tempo na tarefa de traduzir um livro que, pela sua manifesta inadequação linguística ao mercado e espaço mental português, pede para que o deixem em paz e o fruam na sua língua de origem. Esse pensamento tem-me vindo à mente quando leio, melhor, quando vou provando, bocado a bocado, de forma não linear, Invisible Forms de Kevin Jackson. Soube dele, através das aulas do Rui Zink na pós-graduação de Edição na Nova, em 2003, e nunca mais me saiu da cabeça. Como foi possível a um autor quase desconhecido pegar numa ideia tão antiga e árida de Isaac D'Israeli (Curiosities of Literature, 1791) e criar um livro tão completo, tão irresistível e tão divertido, tão essencial e desavergonhadamente witty? A massa de citações, notas de rodapé e demais aparelhos literários é de tal ordem, mas de tal forma bem conjugada e articulada que nos sentimos a afundar sem luta não no pântano erudito que temíamos, mas numa morna e calórica taça de ponche frutado. Mas o gozo será, creio, apenas dentro de um quadro de leitura em inglês: o wordplay e as in jokes são de tal ordem que, por exemplo, o capítulo relativo às Notas de Rodapé correria o risco de ser, pura e simplesmente, ilegível...
Na altura, instado a escrever uma nota crítica, recorri , talvez com pouca inspiração, a uma metáfora futebolística. Pois bem, teimosamente mantenho: Jackson é o Cruyff da erudição literária, que faz com que algo inacessível, incompreensível ou apenas entediante se transforme em algo nosso, imprescindível e de que sentimos fazer parte, por meio de uma exibição curta, virtuosa e altamente eficaz. Pura effortlessness (lá está...). Se a cultura fosse jogada desta forma, não haveria necessidade de regulamentações de leitura em planos nacionais.
(PM)

sábado, 3 de fevereiro de 2007

O fim de uma era?

Esta é a capa do número 77 da extinta À Suivre que comprei em Janeiro de 1985, depois de uma semana a cobiçá-la de longe e com um misto de respeito e receio: seria a minha primeira compra "adulta" com 14 anos, pelo que o passo teria de ser bem medido. Nesse mês, o dinheiro que tinha reservado para comprar a "Onze" foi para esta À Suivre, e não voltei a comprar revistas de futebol.
Fui assim apresentado a José Muñoz, que me seduziu dias a fio com este desenho na capa e com a sua (e de Carlos Sampayo) BD no interior, e que nunca mais deixei de considerar como um virtuoso genial e visceral, inigualável nessa coisa de desenhar a tinta-da-china. Este mês de Janeiro de 2007, 22 anos depois, Muñoz acaba de receber o Grande Prémio de Angoulême. Escolha óbvia para quem trabalhou tantos anos na esfera francófona da edição de BD.
Mas a verdadeira notícia (para além da crise financeira do Festival) é a de que o cobiçado prémio de Melhor Álbum foi para Non Non Bâ, do japonês Shigeru Mizuki, dessa forma tornando "oficial" a aceitação da manga no panteão franco-belga e a sua implacável penetração (tentacular, diríamos...) no mercado europeu. E isto fez-me pensar no que me disseram, há dias, na melhor livraria de BD do país, a Mundo Fantasma do Porto: os álbuns franco-belgas importados deixaram de se vender, porque já ninguém os procura. E não apenas os álbuns, como também as revistas, como a sucessora da À Suivre no catálogo da Casterman, a fabulosa Bang!. Agora, na estante da parede oposta aos americanos, temos os japoneses.
Onde poderia, hoje, um miúdo de 14 anos conhecer José Muñoz?
(PM)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

PressKits

Aos jornalistas: começaremos a disponibilizar, na página Press do nosso site, um PressKit das novidades, que mais não é do que um ficheiro ZIP que inclui uma foto do autor e uma imagem da capa, ambas em TIFF de alta resolução (300 dpi), a press-release em formato PDF de alta resolução e um ficheiro de texto TXT com a indicação dos copyrights, em caso de uso das imagens, especialmente da foto do autor ou, por exemplo, de uma ilustração. Dos títulos anteriores, disponibilizamos sempre a press-release em alta resolução.
Temos recebido as mais entusiásticas mensagens acerca do site (incluindo dos EUA e de Inglaterra, onde o grafismo em papel e na web é levado muito a sério), pelo que temos a noção de que ele cumpriu o seu propósito inicial: ser o nosso intermediário na informação e no contacto com leitores muito exigentes no que ao gosto literário e gráfico diz respeito.

Que se passou?

Alguém sabe dizer o que se passou com isto?