Livros de Areia

sábado, 31 de maio de 2008

Stand 172





Imagens da nossa presença no Stand 172, onde se encontram já as t-shirts com o micro-micro-conto de Rhys Hughes Postalapocalíptica, à venda por 15 € (para já, apenas em tamanho S, M e L; aceitamos pré-encomendas para tamanhos XS e XL).

domingo, 25 de maio de 2008

Nas Feiras


Estamos na Feira do Livro de Lisboa, que abriu ontem, no Stand 172 (para quem sobe a partir do Marquês, na fila mais à direita, logo acima dos stands dos alfarrabistas), juntamente com a Fenda, a 90º Noventa Graus e a Livro do Dia. Temos, mais uma vez, a promoção da oferta de um saco de pano (óptimo para o pão e para a praia) na compra de 3 livros (independentemente do valor total da compra), e aguardamos a chegada de algumas t-shirts com o conto de Rhys Hughes Postalapocalíptica (cor Areia, obviamente, tamanhos S, M e L), que serão vendidas a um preço convidativo e justo (por essa ordem).
Estamos também na Feira do Porto, no stand do Clube Literário do Porto.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Feira do Livro de Lisboa

Há pouco mais de 1 hora, no Fórum TSF, Rosália Vargas, vereadora da CML, garantiu a abertura da Feira do Livro de Lisboa: os problemas de "layout" estão, parece, resolvidos. O presidente da APEL, António Baptista Lopes, garantiu depois que o sucesso da Feira tem sido gradual e contínuo de há alguns anos a esta parte. Carlos Veiga Ferreira, presidente da UEP, vira a discussão para um combate entre as "grandes" da APEL (Presença, Verbo) e a nova grande (e maior), o grupo Leya (e o moderador do Forum ter-se-á esquecido de referir que a Teorema faz parte desse novo grupo, e, logo, não é observadora neutra destas "guerras"). Isaías Gomes Teixeira, da Leya, por fim, acaba por confirmar o que toda a gente já sabia: a Leya vai estar na Feira (e "não vai à Feira para ganhar dinheiro", porque a Feira é uma "festa", afirmou).
Sempre me desagradou o tipo de stands que esta Feira ostenta, e as fotos reveladas no Blogtailors sobre o estado dos mesmos mostram à evidência a falência deste modelo de expositores. Mas para quê deixar nas mãos da Leya a vanguarda desta inovação? A organização da Feira (CML incluída) não poderia avançar com um concurso entre finalistas de design de equipamento para a criação de novos stands, por exemplo? A Leya usou ostensivamente esta questão para se promover como "inovadora" e poder medir a sua força com os sparring partners de ocasião.
A questão central deste imbroglio é apenas esta: um grupo movido por financiamentos gigantescos (que diz publicamente que não vai a uma Feira para ganhar dinheiro; irá, supostamente, para o perder...) precisa de testar o mercado, de o esticar, e de, nesse processo, ganhar músculo negocial.
Pena que, nisto tudo, a Feira do Porto vá ficando esquecida (e nem uma palavra sobre ela no Forum TSF, com a excepção de Vasco Teixeira, presidente da Porto Editora), como bem aponta o Jorge Reis-Sá no seu blogue, Rua da Castela.
Resta dizer que estaremos na Feira de Lisboa no pavilhão da distribuidora 90º Noventa Graus, cujo número e localização comunicaremos a seu tempo.
Addendum: tenho de referir que, apesar do "calor da" urgência de que se revestiu o Forum TSF de hoje, a intervenção de Vasco Teixeira foi de uma enorme serenidade, e em menos tempo do que quaisquer dos outros intervenientes conseguiu sintetizar (e de forma convincente) o argumento a favor do actual modelo de feira, tanto em Lisboa como no Porto, sendo até o único interveniente que fez questão de referir a outra Feira e do o fazer ao mesmo nível.
(PM)

Um convite


Voragem

Há dias contactei um agente norte-americano para saber das condições de direitos de um determinado título. Quando lhe indiquei que poderia enviar para nós a reading copy, pois somos nós próprios que lemos os livros que nos interessam, a resposta veio com estupefacção: "de certeza que não têm um reading scout para onde enviar isto?" Leia-se: vocês lêem os livros que editam?!
Os factos galopantes dos últimos tempos na edição portuguesa acabam de fazer entrar este pequeno mundo de produção livreira no absurdo universo da edição ultra-"profissionalizada" em que o editor não tem tempo para ler os livros que procura editar, nem se supõe que o faça. Um mercado em que as estatísticas existentes continuam a mostrar uma média anual miserável de livros comprados (lidos?) por pessoa (pouco mais do que 1). Um mercado que nunca se profissionalizou a sério, e tem vivido com base nas prestações de serviços e nos estágios, dos do IEFP ou dos completamente irremunerados (quando frequentei uma pós-graduação em edição, a melhor proposta de estágio que por lá caiu era deste tipo e vinha de uma das actuais excelentíssimas chancelas da Leya). Este mesmo mercado caiu nas mãos de uma holding, que rapidamente se apossará da galinha de ovos de ouro em todo este processo: as livrarias. Está nestas, agora mais do que nunca, a responsabilidade de provar que Portugal consegue manter uma pluralidade na oferta editorial, e de que essa pluralidade é o reflexo de um estádio civilizacional do nosso país e não o resultado de um brainstorm de marketing. Mas não se lhes augura muito mais opções do que às editoras que, ainda há um par de anos, faziam da independência a sua bandeira.
(PM)