Subscrevemos
Este texto de Eduardo Pitta, pela sua justeza, merece-nos a total adesão e subscrição. Com o seu Bibliotecário de Babel, José Mário Silva parece-nos estar na vanguarda de uma mudança de paradigma na relação dos editores e leitores com a "imprensa" ou, mais genericamente, os media que divulgam, promovem ou criticam a produção editorial, mudança essa de que vimos sendo aqui regulares defensores.
Conhecemos o José Mário Silva desde que, em Julho de 2006, nos respondeu a um email promocional sobre a vinda de Jeff VanderMeer a Portugal (e de forma inesperada, pois já não esperávamos qualquer feedback em plenas férias estivais), a propósito da edição de A transformação de Martin Lake & outras histórias. Que tinha adorado o excerto que enviáramos em PDF, e de tal forma que, quase sozinho na redacção do Diário de Notícias, iria sacrificar a merecida placidez de um dia de Verão para preparar uma entrevista a este autor desconhecido. O profissionalismo com que preparou a entrevista e a sessão fotográfica, e a profundidade de leitura que a primeira revelou aquando da sua saída, tornou-nos leitores dos textos deste escriba que quase desconhecíamos. As posteriores apresentações que fez de O pássaro pintado e, sobretudo, de A sereia de Curitiba, revelaram, além do profissional da escrita jornalística, um estusiasta dos livros, capaz de digerir textos complexos em poucos dias e retirar-lhes um sentido que expõe com a maior simpatia e humildade.
A passagem para o blogue é um passo arriscado para um jornalista que fez o seu nome na imprensa de circulação nacional, e esse risco é merecedor dos melhores votos de sucesso, sobretudo naquilo em que o BdB parece querer marcar terreno: divulgação e informação sobre este esquizofrénico mundo da edição, procurando um canto sereno de onde possa ver para além fogo de artifício (leia-se o seu brilhante post sobre o grupo LeYa). Este pode ser um primeiro passo (acompanhado, claro, por projectos como o dos Booktailors, o labor de Luís Filipe Cristóvão, entre poucos mais) de uma revolução.
Conhecemos o José Mário Silva desde que, em Julho de 2006, nos respondeu a um email promocional sobre a vinda de Jeff VanderMeer a Portugal (e de forma inesperada, pois já não esperávamos qualquer feedback em plenas férias estivais), a propósito da edição de A transformação de Martin Lake & outras histórias. Que tinha adorado o excerto que enviáramos em PDF, e de tal forma que, quase sozinho na redacção do Diário de Notícias, iria sacrificar a merecida placidez de um dia de Verão para preparar uma entrevista a este autor desconhecido. O profissionalismo com que preparou a entrevista e a sessão fotográfica, e a profundidade de leitura que a primeira revelou aquando da sua saída, tornou-nos leitores dos textos deste escriba que quase desconhecíamos. As posteriores apresentações que fez de O pássaro pintado e, sobretudo, de A sereia de Curitiba, revelaram, além do profissional da escrita jornalística, um estusiasta dos livros, capaz de digerir textos complexos em poucos dias e retirar-lhes um sentido que expõe com a maior simpatia e humildade.
A passagem para o blogue é um passo arriscado para um jornalista que fez o seu nome na imprensa de circulação nacional, e esse risco é merecedor dos melhores votos de sucesso, sobretudo naquilo em que o BdB parece querer marcar terreno: divulgação e informação sobre este esquizofrénico mundo da edição, procurando um canto sereno de onde possa ver para além fogo de artifício (leia-se o seu brilhante post sobre o grupo LeYa). Este pode ser um primeiro passo (acompanhado, claro, por projectos como o dos Booktailors, o labor de Luís Filipe Cristóvão, entre poucos mais) de uma revolução.
1 Comments:
A «revolução» passa por todos nós e vocês também têm ajudado, não só pelo carácter inovador dos vossos livros e grafismos, mas também pela comunicação directa e, por vezes, pessoal que mantêm com os vossos leitores, colaboradores e amigos.
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