Dos livreiros II
Dada a recente vaga de contenção, e segundo nos dizem alguns livreiros, as editoras e grupos editoriais do mainstream têm vindo a prescindir da função do vendedor. Ora isto significa, simplesmente, que, se a montanha deixa de vir a Maomé, terá de estabelecer novas formas de ligação para que Maomé venha até ela. Trocado por miúdos: os livreiros devem forçosamente começar a consultar os sites das editoras, e estes terão de começar igualmente a articular o seu contéudo para os livreiros, pois passarão a ser os verdadeiros pivots de informação e divulgação.
Um livreiro sem acesso à internet, é um livreiro que não nos informa da situação dos stocks, que não recebe as nossas informações sobre lançamentos ou novidades, que nos continua a pedir livros que estão marcados como "esgotados" no nosso site há meses, com quem não podemos resolver, em segundos, problemas de "papelada", etc. Do ponto de vista de um editor, ou pelo menos de um editor como nós o concebemos actualmente, esse livreiro, pura e simplesmente, não existe.
E se, ainda por cima, insistir na venda e na promoção dos mesmos livros que uma cadeia poderosa vende mais e melhor (as proverbiais bestas céleres), em vez de procurar basear o seu comércio na enorme oferta de livros na área de mainstream que fica logo abaixo das edições feitas para os tops (onde nos situamos, e onde se situa a esmagadora maioria da edição portuguesa), incluindo, obviamente, as auto-proclamadas edições marginais, ele não estará a oferecer nenhuma mais-valia ao rendimento de uma editora nessa área.
Acreditamos que também podemos servir os livreiros melhor, e trataremos de afinar o nosso site para eles em 2007, recorrendo igualmente aos clássicos meios de comunicação, como pequenos catálogos impressos. Mas gostaríamos de ver, deste nosso pequeno nicho na montanha, um Maomé mais activo na travessia desse vale que nos separa...
Um livreiro sem acesso à internet, é um livreiro que não nos informa da situação dos stocks, que não recebe as nossas informações sobre lançamentos ou novidades, que nos continua a pedir livros que estão marcados como "esgotados" no nosso site há meses, com quem não podemos resolver, em segundos, problemas de "papelada", etc. Do ponto de vista de um editor, ou pelo menos de um editor como nós o concebemos actualmente, esse livreiro, pura e simplesmente, não existe.
E se, ainda por cima, insistir na venda e na promoção dos mesmos livros que uma cadeia poderosa vende mais e melhor (as proverbiais bestas céleres), em vez de procurar basear o seu comércio na enorme oferta de livros na área de mainstream que fica logo abaixo das edições feitas para os tops (onde nos situamos, e onde se situa a esmagadora maioria da edição portuguesa), incluindo, obviamente, as auto-proclamadas edições marginais, ele não estará a oferecer nenhuma mais-valia ao rendimento de uma editora nessa área.
Acreditamos que também podemos servir os livreiros melhor, e trataremos de afinar o nosso site para eles em 2007, recorrendo igualmente aos clássicos meios de comunicação, como pequenos catálogos impressos. Mas gostaríamos de ver, deste nosso pequeno nicho na montanha, um Maomé mais activo na travessia desse vale que nos separa...
3 Comments:
Epá eu sei que sou uma melga mas que se há-de fazer :-D
Uma outra sugestão que não sei se é possível em termos humanos. Visto que têm online os telemóveis supostamente para se poder enviar SMS porque não ir um passo à frente e meter também um contacto MSN (ou outro semelhante)? Várias lojas online de que sou cliente usam esse método para dar suporte e acreditem que faz toda a diferença.
Indo ainda mais longe, sugiro que as editoras (falo para a multidão, não para o caso particular deste blogue) conheçam que software é utilizado comumente pelas livrarias e conseguirem adaptar-se ao standard do mesmo.
Se este for software moderno quase de certeza que terá capacidade de reconhecer webservices de consulta às bases de dados dos editores. O desenvolvimento inerente nos websites dos editores poderá ser tão complexo ou tão simples quanto se quiser, é uma questão de escolha (no limite: está disponível/não está disponível).
Isto implica a possibilidade de integração automática entre diferentes sistemas e standards.
Desta forma, nem o livreiro é obrigado a consultar n sites para saber a informação de que precisa (nada é mais contraproducente que a dispersão da informação) nem o seu catálogo fica desactualizado.
Num cenário mais arcaico, bastaria uma página de "search" do catálogo da editora especialmente vocacionada para livreiros (mas porquê parar neles?) com indicação dos titulos disponíveis e possibilidade de encomenda imediata.
Abraços
Luís, essa é uma muito boa ideia, de facto, e seria o ideal. Na realidade, muitas livrarias ainda nem acesso à net têm, e noutros casos livrarias de um mesmo grupo não têm sequer partilha de uma base de dados comum.
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