Tipofonia
Num recente artigo da Print (Julho/Agosto 2006), astuciosamente entitulado "Acrobat Reader", Anna Gerber e Teal Triggs observavam que, perante as "acrobacias" tipográficas de alguns romances recentes (Woman's World de Graham Rawle, The Diviners de Rick Moody, House of Leaves de Mark Danielewski ou Extremely Loud & Incredibly Close de Jonathan Safran Foer, radicando numa genealogia que ascende ao setecentista Tristram Shandy de Laurence Sterne e passa pelas experiências dos Dadaístas e da dupla McLuhan+Fiore), o leitor passivo teria de se preparar para uma polifonia do tipo impresso que empurra o acto de ler para o campo do espectáculo, como se o livro aberto fosse um palco.
Este pequeno filme faz isso mesmo, mas com tipo animado. E em vez de o fazer com um excerto de um livro, fá-lo com os diálogos de um filme. Tipofonia, creio que poderia chamar-se. A palavra existe?
(PM)
1 Comments:
Relembro também o caso do História Interminável, se bem que ali apenas mudava a cor da letra...
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