What else is new?
A recente notícia de que um admirador ferrenho de Jane Austen terá enviado, sob pseudónimo, excertos de romances copiados da obra de Ms. Austen a 18 editoras, e da subsequente rejeição por 17 delas (apenas uma terá topado a coisa), é interessante, sobretudo porque visa directamente as editoras no que à sua "memória de ofício" diz respeito. Os editores não têm de ser, obrigatoriamente, eruditos em literatura (para isso pagam os serviços de consultores), mas, se não se perdoaria a um editor de jazz não reconhecer que os solos de trompete da sua nova "estrela"estão todinhos no Kind of Blue, é também difícil não receber com um sorriso de alguma desconfiança esta displicência por parte de duas mãos cheias de editoras literárias de topo.
Ainda assim, David Lassman (o autor da "proeza") não fez nada de novo. Na década de 1970, Chuck Ross foi bem mais mortífero na picada, tanto mais que a deu com tácito acordo com um autor de nome... Jerzy Kosinski. Tentanto provar os preconceitos das grandes editoras contra autores sem nome feito, Ross dedicou-se à "experiência Steps": em 1975, enviou excertos deste livro de Kosinski, e em 1977 voltou à carga, desta vez seguindo o conselho do próprio autor e enviando TODO o texto do livro. Resultado: uma rejeição massiva, incluindo da própria editora que, em 1969 (menos de dez anos antes!) lançara o título no mercado...
P.S.: Luís Filipe Silva tinha já, num comentário a um post anterior, referido uma outra fonte para a mesma história.
Ainda assim, David Lassman (o autor da "proeza") não fez nada de novo. Na década de 1970, Chuck Ross foi bem mais mortífero na picada, tanto mais que a deu com tácito acordo com um autor de nome... Jerzy Kosinski. Tentanto provar os preconceitos das grandes editoras contra autores sem nome feito, Ross dedicou-se à "experiência Steps": em 1975, enviou excertos deste livro de Kosinski, e em 1977 voltou à carga, desta vez seguindo o conselho do próprio autor e enviando TODO o texto do livro. Resultado: uma rejeição massiva, incluindo da própria editora que, em 1969 (menos de dez anos antes!) lançara o título no mercado...
P.S.: Luís Filipe Silva tinha já, num comentário a um post anterior, referido uma outra fonte para a mesma história.
1 Comments:
Esses factos não me surpreendem. Penso ser pertinente deixar duas questões no ar. 1º - Questiono a qualidade do material que é publicado. 2º- Questiono a qualidade das pessoas que avaliam esse material.
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