segunda-feira, 30 de junho de 2008
Num evento paralelo ao Curso de Escrita de Bruce Holland Rogers, será organizado na livraria Pó dos Livros em Lisboa (Avenida Marquês de Tomar, 89 A) um encontro entre o autor de Pequenos mistérios e José Mário Silva, jornalista e autor do muito recente Efeito borboleta (Oficina do Livro). O tema não será nem a ornitologia nem o coleccionismo de borboletas, mas a escrita de micro-ficção e o que de fascinante ela tem para quem a produz e quem a lê. Dia 16 de Julho pelas 18:30h (hora exacta ainda a confirmar).
TimeOut
Na página 32 da última edição da TimeOut Lisboa, um texto sobre nós. O texto é de Isabel Lucas, jornalista do Diário de Notícias.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Está aberta a loja
Abrimos uma loja no nosso site, para vender as t-shirts com o conto de Rhys Hughes "Postalapocalíptica". Rhys acompanha-nos desde o início e nada mais justo do que lhe dedicarmos a primeira do que queremos que seja uma colecção de t-shirts alusivas ao nosso trabalho. A t-shirt é da marca B&C, de cor Areia (em tamanhos S, M, L e XL) e o motivo é serigrafado (e não estampado) a 2 cores.
Um livreiro e um exemplo
Luís Filipe Cristóvão (em nome da livraria Livro do Dia, em Torres Vedras) avançou e lançou o repto, como poderão ler na caixa de comentários do post anterior. Eis o que desde o início desta discussão sempre defendemos: a proactividade dos livreiros face ao mercado. Alguém lhe segue o exemplo? Cá estaremos para dizer "sim", enviarmos o que nos for pedido e sentirmo-nos honrados com a vossa escolha. Estamos todos unidos nisto, lembram-se?
quinta-feira, 19 de junho de 2008
A montanha e o rato
Após ter visto, na Bookhouse do Dolce Vita (depois de uma busca infrutífera na FNAC do Chiado, com espanto por parte dos funcionários abordados), o primeiro "display" dos que a chancela D.Quixote-Leya anunciou (aqui, através do seu responsável de marketing Pedro Sobral) ir colocar em várias livrarias, tenho forçosamente de concluir que algo se deve ter perdido entre o que escrevi aqui e o desenvolvimento rocambolesco na supra referida caixa de comentários do Blogtailors (tal como aqui e aqui) . Apesar da boa vontade dos intervenientes (e das enérgicas invectivas de um anónimo muito bem informado), é claro (até pelas imagens que juntei ao post seminal) que o que sugeri foi de outra monta, para não dizer de outro tamanho e sedução visual, algo que já podemos encontrar, por exemplo, nas paredes da qualquer loja FNAC.
Pois que bom proveito faça a quem o proveito deseja, mas, por mim, a discussão está ainda em aberto, sobretudo no que ao papel dos livreiros nisto tudo diz respeito (e veremos se a reunião de livrarias "independentes", a ter lugar no próximo Domingo na Pó dos Livros, em Lisboa, traz novidades). Trata-se, ainda e sempre, de algo muito simples: um serviço prestado pela(s) livraria(s) aos fornecedores/editores.
(PM)
P.S.: Ainda ontem, numa entrevista que a jornalista Isabel Lucas me fez para a Time Out, tentei desmontar a ideia de que as "grandes superfícies" são perniciosas para os pequenos editores (dei o óbvio exemplo da FNAC como contrário a essa "tese") mas reforcei a urgência de que os livreiros independentes se consigam soltar dos laços que os grandes grupos se preparam para lançar, renovando-se tecnologicamente, melhorando o seu atendimento e servindo-se da internet como instrumento para anular aquela imagem do livreiro que responde "não conheço" e fica de braços cruzados a olhar para o cliente.
Pois que bom proveito faça a quem o proveito deseja, mas, por mim, a discussão está ainda em aberto, sobretudo no que ao papel dos livreiros nisto tudo diz respeito (e veremos se a reunião de livrarias "independentes", a ter lugar no próximo Domingo na Pó dos Livros, em Lisboa, traz novidades). Trata-se, ainda e sempre, de algo muito simples: um serviço prestado pela(s) livraria(s) aos fornecedores/editores.
(PM)
P.S.: Ainda ontem, numa entrevista que a jornalista Isabel Lucas me fez para a Time Out, tentei desmontar a ideia de que as "grandes superfícies" são perniciosas para os pequenos editores (dei o óbvio exemplo da FNAC como contrário a essa "tese") mas reforcei a urgência de que os livreiros independentes se consigam soltar dos laços que os grandes grupos se preparam para lançar, renovando-se tecnologicamente, melhorando o seu atendimento e servindo-se da internet como instrumento para anular aquela imagem do livreiro que responde "não conheço" e fica de braços cruzados a olhar para o cliente.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Curso de Verão de Bruce Holland Rogers na FCSH: abertas as inscrições
Estão abertas as inscrições para o Curso de Escrita Criativa de Bruce Holland Rogers nos Cursos de Verão da FCSH da Universidade Nova de Lisboa. O curso compõe-se de 3 dias de aulas presenciais (face-to-face), de 16 a 18 de Julho, e continua com exercícios e feedback contínuo pela internet até 2 de Agosto. Os interessados devem contactar o Dr. Ricardo Marques, da Secção de Estudos Ingleses e Norte-Americanos (Gabinete 15 - Bloco B1, Avenida de Berna, nº26-C, 1069-061 Lisboa, Tel: 21 790 83 00, Fax: 21 790 83 08, ricardo.marques@fcsh.unl.pt). Obrigatório: nível de conhecimentos de inglês C1 e ligação à internet. Quem assistiu às "aulas" de Bruce em Novembro, tanto na Nova como na Faculdade de Letras, sabe da espantosa facilidade de comunicação deste autor, vencedor do Pushcart Prize, de dois Nebula Awards, do Bram Stoker Award, e de dois World Fantasy Awards, e de quem publicámos Pequenos Mistérios, que o Expresso considerou "um livro a não perder".
domingo, 15 de junho de 2008
Keep on displayin' it
Osvaldo Silvestre, da Angelus Novus, pegou na discussão, e fê-lo bem como se pode ler aqui. De livreiros ainda quase nada, se bem que um livreiro anónimo tenha deixado factos curiosos (e ainda não desmentidos) para reflexão na caixa de comentários do Blogtailors.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Display it again
Nesta discussão (aqui, aqui e aqui), além de anónimos muito bem informados e opinativos, apenas intervieram editores ou gente ligada à edição. Gostava, sinceramente, de ler o que os livreiros têm a dizer sobre isto, pois, e desde o início da coisa o digo, eles são o centro desta questão. No que nos toca, têm estas modestas caixas de comentários, limpas e asseadas, à disposição.
(PM)
P.S.: Mais de um dia após um email às livrarias referidas por Pedro Sobral da chancela Dom Quixote-Leya nos comentários, pedindo informações sobre a situação e condições do uso dos displays, ainda não obtivemos qualquer resposta, nem sequer a de que os displays em questão pertencem à supra referida chancela.
(PM)
P.S.: Mais de um dia após um email às livrarias referidas por Pedro Sobral da chancela Dom Quixote-Leya nos comentários, pedindo informações sobre a situação e condições do uso dos displays, ainda não obtivemos qualquer resposta, nem sequer a de que os displays em questão pertencem à supra referida chancela.
Display this
A discussão à volta dos displays (começada aqui num post que se referia unicamente às livrarias, e continuada aqui, numa senda rocambolesca que já inclui, entre outras, sugestões anónimas[?] que nos vendamos à Leya e intervenções de um dos responsáveis do marketing da chancela), chega ao seu termo com a dissipação da minha dúvida do post anterior: os displays não são das livrarias (como sempre achei ser o mais razoável), mas da chancela Dom Quixote-Leya, servindo, como é óbvio, para uso exclusivo da mesma.
Este é um precedente curioso, no que à gestão do espaço das livrarias diz respeito (apesar de um dos anónimos da caixa de comentários do Blogtailors garantir que se trata de monitores "pequeninos mas honrados", muitos monitores "pequeninos mas honrados" ocupam espaço), mas é também, e isso é positivo, um repto aos editores pequenos que apostaram neste meio de promoção para que se unam, invistam em displays e abordem as livrarias, que, dado o precedente ora referido, não terão muito argumentos para negar. Fica, pois, o repto, que tentaremos traduzir em contactos.
(PM)
Este é um precedente curioso, no que à gestão do espaço das livrarias diz respeito (apesar de um dos anónimos da caixa de comentários do Blogtailors garantir que se trata de monitores "pequeninos mas honrados", muitos monitores "pequeninos mas honrados" ocupam espaço), mas é também, e isso é positivo, um repto aos editores pequenos que apostaram neste meio de promoção para que se unam, invistam em displays e abordem as livrarias, que, dado o precedente ora referido, não terão muito argumentos para negar. Fica, pois, o repto, que tentaremos traduzir em contactos.
(PM)
quarta-feira, 11 de junho de 2008
"Ao longo dos últimos dias..."
Este nosso post teve um desenvolvimento curioso (no inevitável e já imprescindível Blogtailors): ao que parece – e a informação é sólida, pois veio de Pedro Sobral da Dom Quixote-Leya – têm sido instalados "ao longo dos últimos dias" displays (vulgo, monitores) em "diversas livrarias" que servirão de veículo à exibição de "booktrailers". No momento em que se escrevem estas linhas, não vi ainda nenhum (fui à FNAC do Chiado há uma semana e nada vi na altura, e uns dias em Viana do Castelo não são propícios a novidades tecnológicas), e ainda não dissipei uma dúvida: estes displays são propriedade da Leya e apenas para uso exclusivo da(s) sua(s) chancela(s) ou propriedade das livrarias para uso generalizado e sob condições? (Seguir a discussão aqui).
(PM)
PS: Ainda sem resposta das livrarias a um email que enviei hoje de manhã, inquirindo sobre esta milagrosa erupção de displays em tão poucos dias, permito-me transcrever aqui o último comentário que deixei ao supra referido post do Blogtailors:
"Apenas um aclaro sobre esta discussão: o meu post no nosso blogue referia-se (como bem o entenderam os Blogtailors e José Mário Silva no seu Bibliotecário de Babel) à inexistência de um serviço por parte das livrarias, no caso o de disponibilizar monitores/displays para a exibição de trailers, exibição essa, obviamente, sob condições e contrapartidas. Considero absurdo que, além dos livros, os editores tenham de carregar para as livrarias monitores onde os trailers desses livros sejam exibidos. Se isto pega, as livrarias deixam de ter viabilidade física dado o entupimento de espaço.
Não nego o poder e o império do mercado, que faz com que a maior facilidade de compra e deslocação de tecnologia esteja ao dispor de uns em detrimento de outros, mas aqui, de novo, cabe às livrarias decidirem se querem ainda ser agentes de cultura (e promover esse "gosto pelos livros" de que o Pedro Sobral da Dom Quixote-Leya fala) ou apenas agentes da lei do mais forte.
Pedro Marques
Livros de Areia Editores Lda.
www.livrosdeareia.com"
(PM)
PS: Ainda sem resposta das livrarias a um email que enviei hoje de manhã, inquirindo sobre esta milagrosa erupção de displays em tão poucos dias, permito-me transcrever aqui o último comentário que deixei ao supra referido post do Blogtailors:
"Apenas um aclaro sobre esta discussão: o meu post no nosso blogue referia-se (como bem o entenderam os Blogtailors e José Mário Silva no seu Bibliotecário de Babel) à inexistência de um serviço por parte das livrarias, no caso o de disponibilizar monitores/displays para a exibição de trailers, exibição essa, obviamente, sob condições e contrapartidas. Considero absurdo que, além dos livros, os editores tenham de carregar para as livrarias monitores onde os trailers desses livros sejam exibidos. Se isto pega, as livrarias deixam de ter viabilidade física dado o entupimento de espaço.
Não nego o poder e o império do mercado, que faz com que a maior facilidade de compra e deslocação de tecnologia esteja ao dispor de uns em detrimento de outros, mas aqui, de novo, cabe às livrarias decidirem se querem ainda ser agentes de cultura (e promover esse "gosto pelos livros" de que o Pedro Sobral da Dom Quixote-Leya fala) ou apenas agentes da lei do mais forte.
Pedro Marques
Livros de Areia Editores Lda.
www.livrosdeareia.com"
segunda-feira, 9 de junho de 2008
As vielas que nos levaram às praças
Excerto de The Business of Books (na edição brasileira) de André Schiffrin, leitura obrigatória neste post no blogue da Frenesi.
domingo, 8 de junho de 2008
Bruce Holland Rogers vezes dois
Ainda pegando na deixa do Youtube (que, como abaixo ficou nas entrelinhas, não sendo o meio ideal de promoção – dadas as suas limitações à qualidade da imagem e som, por necessidade da compressão – é, ainda assim, um meio imprescindível), dois achados sobre Bruce Holland Rogers, para quem não o viu ou ouviu em Novembro: em cima, um filme baseado num dos contos mais bizarros de Pequenos mistérios, "The Dead Boy at your Window"; em baixo, o autor a ler em português (com cábula fonética fornecida por Luís Rodrigues, que também captou o momento) o conto "Os inconvenientes da nossa nova morada" no Forum Fantástico de 2007.
O autor, relembramos, estará em Lisboa de novo, em meados de Julho.
O autor, relembramos, estará em Lisboa de novo, em meados de Julho.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
(Mais de) dois anos de trailers
A primeira menção a trailers auto-promocionais produzidos por uma editora portuguesa terá sido um pequeno apontamento de Isabel Coutinho no "Ciberscritas" do (infelizmente) extinto suplemento Mil Folhas (Público de 08.09.2006): nesse texto, ela dá conta do trailer de Futebol: sol e sombra, produzido para a apresentação do livro, que ocorrera 3 meses antes (menção generosíssima da jornalista, e agradecida por nós aqui).
Com franqueza, estes pequenos filmes não tinham sido pensados como veículos de promoção exclusiva na net, mas um texto do mesmo "Ciberscritas", pouco antes das férias de 2006, em que a jornalista referia exemplos dessa nova tendência vindos de casas editoriais inglesas fez-nos contactá-la e chamar-lhe a atenção para o facto de – tendo em conta as características por ela apontadas no texto – tanto o nosso filme para o livro de Eduardo Galeano, como o filme/montagem promocional feito para Rhys Hughes (tendo o primeiríssimo sido exibido em Novembro de 2005 no Auditório da Biblioteca de Telheiras, durante o Fórum Fantástico de Lisboa, em superiores condições de imagem e som) poderiam qualificar-se tecnicamente de (à falta de melhor termo) trailers, uma vez que estavam já online no nosso site (o YouTube veio depois) e tinham a mesma função: sintetizar o conteúdo e o "ambiente" de um livro em segundos.
Apesar dos encantos da net, o objectivo inicial era, sobretudo, criar pequenos filmes que enchessem os olhos e os ouvidos de quem viesse às apresentações, onde quer que elas fossem, antes, durante e após as mesmas, com som e imagem em loop. Esse objectivo terá sido plenamente conseguido em poucas ocasiões (notámos na altura fraca ou nula preparação dos locais de apresentação de livros para receberem algo assim, sendo a Casa Fernando Pessoa, onde passámos em 2007, o caso mais surpreendente pela negativa), devendo-se salientar – além do já referido Auditório da Biblioteca de Telheiras – a FNAC do Colombo pelas soberbas condições (a montagem para O pássaro pintado passou lá com enorme impacto, sobretudo ao nível do som, em Novembro de 2006) e livrarias como a Index no Porto. (Nas fotos, 3 momentos da apresentação de Criaturas da noite de Lázaro Covadlo – ao lado de Sérgio Almeida do JN – na FNAC de Sta. Catarina em Março de 2007).
Estes trailers foram também uma oportunidade de produzir material promocional de forma muito económica, maximizando o impacto visual dos livros e da marca. Como tal, contudo, eles esbarraram na completa ausência de actualização tecnológica (ou vontade...) das livrarias: de 2005 até hoje, nem uma livraria (incluindo a Byblos) se apresentou ao público com monitores nas montras ou em locais de grande visibilidade no seu interior que pudessem exibir estas montagens em loop. Feito para a sedução visual (e auditiva), este tipo de promoção seria muito barato de produzir e expor e evitaria os gastos absurdos com impressão ao metro linear nas plotters do mercado bem como com a parafernália de bricolage que implica a exposição e a manutenção de painéis (incluindo o gasto energético, no caso de painéis expostos em "caixas de luz").
Apesar do "cruel" papel de "precursores" que o sempre atento e muy generoso José Mário Silva nos apontou há uns tempos– papel que, ironia auto-deprecatória à parte, nos honra obviamente – fica-nos o sabor de algo ainda não devidamente provado, que sabemos de tão fácil e saborosa degustação e que permanece tão inexplicavelmente arredio dos espaços onde fruimos da companhia física dos livros.
Com franqueza, estes pequenos filmes não tinham sido pensados como veículos de promoção exclusiva na net, mas um texto do mesmo "Ciberscritas", pouco antes das férias de 2006, em que a jornalista referia exemplos dessa nova tendência vindos de casas editoriais inglesas fez-nos contactá-la e chamar-lhe a atenção para o facto de – tendo em conta as características por ela apontadas no texto – tanto o nosso filme para o livro de Eduardo Galeano, como o filme/montagem promocional feito para Rhys Hughes (tendo o primeiríssimo sido exibido em Novembro de 2005 no Auditório da Biblioteca de Telheiras, durante o Fórum Fantástico de Lisboa, em superiores condições de imagem e som) poderiam qualificar-se tecnicamente de (à falta de melhor termo) trailers, uma vez que estavam já online no nosso site (o YouTube veio depois) e tinham a mesma função: sintetizar o conteúdo e o "ambiente" de um livro em segundos.
Apesar dos encantos da net, o objectivo inicial era, sobretudo, criar pequenos filmes que enchessem os olhos e os ouvidos de quem viesse às apresentações, onde quer que elas fossem, antes, durante e após as mesmas, com som e imagem em loop. Esse objectivo terá sido plenamente conseguido em poucas ocasiões (notámos na altura fraca ou nula preparação dos locais de apresentação de livros para receberem algo assim, sendo a Casa Fernando Pessoa, onde passámos em 2007, o caso mais surpreendente pela negativa), devendo-se salientar – além do já referido Auditório da Biblioteca de Telheiras – a FNAC do Colombo pelas soberbas condições (a montagem para O pássaro pintado passou lá com enorme impacto, sobretudo ao nível do som, em Novembro de 2006) e livrarias como a Index no Porto. (Nas fotos, 3 momentos da apresentação de Criaturas da noite de Lázaro Covadlo – ao lado de Sérgio Almeida do JN – na FNAC de Sta. Catarina em Março de 2007).
Estes trailers foram também uma oportunidade de produzir material promocional de forma muito económica, maximizando o impacto visual dos livros e da marca. Como tal, contudo, eles esbarraram na completa ausência de actualização tecnológica (ou vontade...) das livrarias: de 2005 até hoje, nem uma livraria (incluindo a Byblos) se apresentou ao público com monitores nas montras ou em locais de grande visibilidade no seu interior que pudessem exibir estas montagens em loop. Feito para a sedução visual (e auditiva), este tipo de promoção seria muito barato de produzir e expor e evitaria os gastos absurdos com impressão ao metro linear nas plotters do mercado bem como com a parafernália de bricolage que implica a exposição e a manutenção de painéis (incluindo o gasto energético, no caso de painéis expostos em "caixas de luz").
Apesar do "cruel" papel de "precursores" que o sempre atento e muy generoso José Mário Silva nos apontou há uns tempos– papel que, ironia auto-deprecatória à parte, nos honra obviamente – fica-nos o sabor de algo ainda não devidamente provado, que sabemos de tão fácil e saborosa degustação e que permanece tão inexplicavelmente arredio dos espaços onde fruimos da companhia física dos livros.
Livro do dia, amanhã
É já amanhã, dia 7, que podem comprar no Stand 172, com 40% de desconto, o livro Futebol: sol e sombra de Eduardo Galeano, de que já Manuel Jorge Marmelo, Francisco José Viegas, Marcelo Rebelo de Sousa, Lauro António e Leonor Pinhão, entre outros, teceram elogios. É a nossa receita para moderar a histeria futebolística que se aproxima: uma dose de nostalgia por um futebol artístico e pitoresco, sucintas pitadas de humor melancólico e chávenas cheias de uma das melhores prosas poéticas dos últimos 30 anos.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Bruce Holland Rogers de regresso em Julho
O autor de Pequenos Mistérios, livro publicado por nós em Novembro de 2007 e que (re)lançou por cá a moda da micro-ficção (lembrar o artigo de 3 páginas que lhe dedicou o Ípsilon do "Público", em 30.11.2007), estará de regresso a Portugal em Julho, a convite da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, para leccionar num workshop de escrita. Este convite vem na sequência lógica das duas soberbas aulas apresentadas por Bruce Holland Rogers durante a sua anterior estadia em Lisboa, uma delas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mais detalhes no final deste mês.