O que
Jorge Reis-Sá escreve neste
post é o que, de facto, se deseja para a renovação do mercado português do livro, sobretudo no que toca à
internet como veículo cada vez maior (e progressivamente preponderante) de promoção e venda directa (sem intermediários). A internet, contudo, continua por cá sujeita a mistificações (que a imprensa se apressa a difundir, como notícias "alarmantes" sobre o
phishing – sem que se explique que
phishing deriva de
fishing, que significa
pesca, e que só é pescado quem for atrás do isco no anzol... – ou, mais genericamente, sobre os "perigos" da liberdade na internet – como
nesta inenarrável "reportagem" da SIC) que não ajudam a que se torne num veículo fiável e regular de compras de leitores (consumidores) aos editores (produtores).
Quantas pessoas de maior idade e com boas reformas, por exemplo, expostas a estas "notícias", não fogem às compras pela internet, preferindo esperar largas semanas que a "sua" livraria encomende um exemplar de um título e engrossando o exército dos "clientes importantes" das ditas livrarias? E não será o desconhecimento de qualquer estatística exacta que nos impedirá de concluir que, entre os que de facto compram pela internet, o uso do
Paypal, por exemplo, é muitíssimo reduzido (até Câmaras Municipais – numa encomenda a título pessoal que nos foi feita há uns tempos – preferem os tradicionais cheques ou transferências bancárias aos meios de pagamento exclusivos da internet).