Da imprensa
Na passada 6.ª-feira, no suplemento com o mesmo nome do DN, um dos nossos livros, de forma muito inesperada (ainda que não injusta, confessemos...), caiu entre os lugares elegíveis do Top dos Melhores Livros de 2006 de um dos críticos que, regularmente, aí escreve. Correcção: além de Uma nova história universal da infâmia de Rhys Hughes, também A transformação de Martin Lake de Jeff VanderMeer encontrou espaço para uma referência neste vórtice triturador que são as "escolhas" de final de ano, onde tantos e tão bons títulos escapam por entre os dedos dos "juízes".
Não podemos realmente queixar-nos da imprensa, no que à atenção aos nossos títulos diz respeito. É até com algum espanto que damos conta do volume de referências a nós na imprensa até agora (algumas das quais estão na nossa página Press), tendo em conta a pequenez e a situação geográfica do nosso projecto, na "periferia da periferia" como escrevia Mário Santos, no início do ano, na nossa apresentação no Mil Folhas. Estamos orgulhosos por termos provado, pelo menos, uma coisa: que projectos com qualidade, que procuram oferecer um catálogo válido e excitante ao mercado de livreiros e leitores, com TOTAL devoção a cada título lançado como se se tratasse do último, podem encontrar um meio de divulgação sem abrirem escritório numa avenida de Lisboa ou Porto e fazerem contratos com agências de comunicação. E na era da internet, o nosso escritório é no PC (ou Mac) de cada potencial ou real leitor, livreiro, jornalista, académico, tradutor, etc.
A única queixa será dirigida a um mercado que assiste ao fluxo mensal de milhares de euros no negócio da produção dos livros (compra de direitos - quantas vezes inflacionada...-, campanhas de promoção bizantinas, etc) e não consegue organizar-se para que exista mais do que uma(!) revista mensal sobre livros, e outra revista anual(!). Se não fosse pela Os Meus Livros (acompanhada pela secção de Livros da mensal Magazine Artes), e, sobretudo, pelo Mil Folhas e o 6ª (este numa notável arrancada do Diário de Notícias), dir-se-ia não se publicarem livros em Portugal. Apenas esperamos que o Actual do Expresso volte à sua anterior quantidade (não é um problema de qualidade), e supere as míseras 3 páginas dedicadas aos livros (contagem de um dos últimos números), das quais uma é repartida entre a coluna da crónica e a publicidade.
Este é (ainda) um negócio de página impressa, e sem imprensa escrita divulgadora, mas também crítica, selectiva e - porque não? - educadora de gostos, a parte comunicativa do acto de editar perde o seu arranque e o seu sentido.
Não podemos realmente queixar-nos da imprensa, no que à atenção aos nossos títulos diz respeito. É até com algum espanto que damos conta do volume de referências a nós na imprensa até agora (algumas das quais estão na nossa página Press), tendo em conta a pequenez e a situação geográfica do nosso projecto, na "periferia da periferia" como escrevia Mário Santos, no início do ano, na nossa apresentação no Mil Folhas. Estamos orgulhosos por termos provado, pelo menos, uma coisa: que projectos com qualidade, que procuram oferecer um catálogo válido e excitante ao mercado de livreiros e leitores, com TOTAL devoção a cada título lançado como se se tratasse do último, podem encontrar um meio de divulgação sem abrirem escritório numa avenida de Lisboa ou Porto e fazerem contratos com agências de comunicação. E na era da internet, o nosso escritório é no PC (ou Mac) de cada potencial ou real leitor, livreiro, jornalista, académico, tradutor, etc.
A única queixa será dirigida a um mercado que assiste ao fluxo mensal de milhares de euros no negócio da produção dos livros (compra de direitos - quantas vezes inflacionada...-, campanhas de promoção bizantinas, etc) e não consegue organizar-se para que exista mais do que uma(!) revista mensal sobre livros, e outra revista anual(!). Se não fosse pela Os Meus Livros (acompanhada pela secção de Livros da mensal Magazine Artes), e, sobretudo, pelo Mil Folhas e o 6ª (este numa notável arrancada do Diário de Notícias), dir-se-ia não se publicarem livros em Portugal. Apenas esperamos que o Actual do Expresso volte à sua anterior quantidade (não é um problema de qualidade), e supere as míseras 3 páginas dedicadas aos livros (contagem de um dos últimos números), das quais uma é repartida entre a coluna da crónica e a publicidade.
Este é (ainda) um negócio de página impressa, e sem imprensa escrita divulgadora, mas também crítica, selectiva e - porque não? - educadora de gostos, a parte comunicativa do acto de editar perde o seu arranque e o seu sentido.
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