Livros de Areia

domingo, 30 de julho de 2006

Shakespeare & companhia

Das livrarias como extensões viscerais da personalidade de um livreiro: um documentário sobre a Shakespeare & Company de George Whitman, em Paris, no Canal História, por estes dias.

DN envia uma sonda a Ambergris


Parecia complicado, mas José Mário Silva conseguiu, num curtíssimo espaço de tempo, ler a densa e rica prosa de Jeff VanderMeer e preparar uma entrevista que surpreendeu o próprio autor pela sua acuidade e o seu sentido do detalhe. Para ler hoje no Diário de Notícias. (A fotografia é de Diana Quintela).

sábado, 29 de julho de 2006

Um americano tranquilo em Lisboa






Imagens de um atarefado dia 24 de Julho para Mr. VanderMeer: pela manhã cedo, à frente do Diário de Notícias, para uma entrevista com José Mário Silva; à noite, momentos de leitura no auditório FNAC Colombo; vista da mesa, com os neo-clássicos perfis de JV e Luís Rodrigues; uma multidão sedenta de cultura acossa o inocente mas receptivo autor... Foi tão bom para vocês como foi para nós?

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Paciência recompensada

Um problema na produção fez com que parte da edição de A transformação de Martin Lake & outras histórias esteja algo atrasada na sua chegada às livrarias e no atendimento aos pedidos de encomenda que já tivemos. Esta situação será regularizada na próxima semana, sendo que nessa altura faremos todos os envios de livros que nos forem sendo entretando pedidos ou encomendados. Por esta falha (à qual somos alheios, como se dizia antigamente na RTP...), pedimos as nossas desculpas aos leitores e livreiros. Agradecemos a vossa paciência e prometemos recompensá-la com um grande livro e um belo objecto de colecção.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Somos todos passageiros


Agora há menos reposições de Verão, mas esta vale, para mim, por quase todas. The Passenger (Profissão: repórter) é o encontro perfeito entre a frieza analítica e a leveza poética de Antonioni e a New Hollywood da década de 1970, na pessoa do seu mais completo ícone, Jack Nicholson. Um thriller existencial, vindo até nós da era em que eles faziam sentido e eram bem feitos (Chinatown, O amigo americano, O vigilante). O que falhara em Zabriskie Point, é aqui conseguido e superado: até o deserto de Almeria parece mais enigmático do que o Death Valley, e não me lembro de ver o Sahara tão bem filmado. Em Barcelona, Gaudi deve ter saltado de espanto se lhe chegaram lá abaixo as imagens que Antonioni tirou da sua casa Güell. (Um plano que não me sai da cabeça: Nicholson de braços abertos, num funicular sobre o porto de Barcelona, com o mar em fundo). E tudo isto ao serviço da narrativa e da construção psicológica das personagens, sem devaneios, sem concessões. Ecos do Sul de Borges nesse homem que quer ser outro e, sem o saber (mas sem o combater), caminha para a morte numa terreola perdida e poeirenta (um dos melhores planos-sequência do filme, corrijo, um dos melhores planos-sequência, ponto, a morte no Hotel de la Gloria).
Um tesouro que o senhor Jack teve a bondade de guardar para nós, para sua merecida e eterna glória (e razão tinha ele ao dizer que este era MESMO o filme da sua vida). Valeu a pena esperar. E há muito que não me sentia tão bem ao sair de uma sala de cinema, o Nimas, no caso. (Nota: o copyright da imagem é da Sony Classics, que tem um excelente site sobre o filme)
(Pedro Marques)

Obrigadinhos

Obrigado pela casa cheia na Segunda-feira à noite, pelo interesse em ouvir o Jeff a ler (e que bem o fez!), por espreitarem o rough cut do Shriek, pelas perguntas (finalmente, um público expansivo!). Por comprarem o livro de uma forma descarada, mesmo nas nossas barbas. E pelas palmas no final, já agora. Obrigado também à FNAC Colombo, pela simpatia e pelo profissionalismo. As fotos da apresentação estarão no nosso site em breve.

sábado, 22 de julho de 2006

Martin Lake para depois do jantar

É já na próxima Segunda-feira, dia 24, às 21:30 horas, na FNAC do Colombo, em Lisboa. Jeff VanderMeer (duas vezes vencedor do World Fantasy Award), no início da sua ronda europeia, estará presente para falar de A transformação de Martin Lake & outras histórias, e para apresentar, em estreia mundial, vinda fresquinha da pós-produção, a curta-metragem Shriek, cujo argumento ele próprio escreveu, baseado no seu último romance Shriek: an afterword. Luís Rodrigues, o editor do magazine Fantastic Metropolis, fará as apresentações ao público português.
Lembramos que todos os exemplares desta edição limitada serão assinados e numerados pelo autor.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Poder de persuasão

Via George Cassiel, esta imagem (do blogue espanhol Catorze) que propõe um urgente e directo Plano Universal de Leitura (fez-me lembrar uma capa da Actuel dos anos 70, em que se via um cãozito a cuja cabeça era apontada uma pistola, com a legenda: se não comprarem esta revista, matamos este cão). Resta saber quem poderão representar as figuras nesta cena dramática. O editor desesperado apontando a arma à cabeça da avozinha ou da mãezinha que, de forma pedagógica, e sob coacção, esboçara na ardósia a mensagem vital para o neto/filho: LÊ? Ou seja, o Estado, ou incluia os livros nas listas de Leitura, ou cedia a arma e os portes da dita aos editores... (PM)

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Arqueologia editorial


Uma ideia muito simples: fazer a arqueologia de um projecto editorial através de um blogue. Num país onde os livros têm uma vida de prateleira muito curta e os alfarrabistas são, na sua maioria, um local tristíssimo, e onde a forma gráfica dos livros e sua contextualização temporal não merece espaço nas ocupadíssimas revista mensal e revista anual que temos, um blogue pode ser um veículo perfeito, pela sua estrutura essencialmente diacrónica e pelo seu pendor sintético, para um trabalho destes. A editora em questão é a Afrodite. Alguns exemplos são autênticas cápsulas de tempo: veja-se (à esquerda) esta ilustração de Nuno Amorim de 1975 para O Super-Macho de Alfred Jarry, tão do seu tempo (Moëbius e a Métal Hurlant, e algo do underground USA) e tecnicamente tão boa, e (à direita) este "aviso aos livreiros" na edição de 1965 de A Filosofia na alcova de Sade. Nota: há uns 20 anos comprei num alfarrabista em Lisboa um exemplar de O Sexo na Moderna Ficção Científica, uma edição da Afrodite de 1976, e, perante a qualidade gráfica do livro, lembro-me de pensar, com o espanto da adolescência, sobre essa época pós-revolucionária de enormes "possibilidades" culturais em Portugal...
(PM)

terça-feira, 18 de julho de 2006

Continua

Continua a nossa Promoção de Verão, até ao final de Agosto e exclusiva em compras no nosso site. Lembramos que, por 30 euros, ficam com o grosso do nosso catálogo so far:
3 livros (Da treta, Uma nova história universal da infâmia e Futebol: sol e sombra) mais um livrinho de teatro de oferta.
Ou seja, na prática, 4 livros por 30 € (mais portes de Correio Normal a 0,94 €), poupando, no total, até 11 euros!

Desta vez, arsénico

Bice: Querido!
Lorenzo: Diz lá!
Bice: Está quase pronto!
Lorenzo: Tanto tempo, não é um café:
tiveste tempo de fazer um frango assado.
Bice: O primeiro não ficou bem. Estou a fazer outro.
Tinha-me enganado na dose. Receei que não fosse suficiente.
Lorenzo: A dose de quê?
Bice: Do café, naturalmente.


Está disponível mais um título da colecção de livrinhos de teatro da CTA (Companhia de Teatro de Almada)/Livros de Areia. Desta feita, um dramaturgo italiano, Carlo Terron (1910-1991), e um texto admirável, macabro, irónico e algo terno, sobre o mind game de um casal de meia idade que faria corar esse outro casal disfuncional, o de Who's afraid of Virginia Woolf... Um labirinto em que nos deixamos entrar, com prazer mas não sem algum desconforto. Uma comédia italiana muito negra. Esta noite, arsénico!, esteve em cena durante o Festival de Almada nos dias 10 a 12 deste mês. Tradução de José Colaço Barreiros.
126 páginas. PVP: 4,90 euros (Stock limitado)

segunda-feira, 17 de julho de 2006

VanderMeer in his own words

Uma longa, reveladora e incisiva entrevista de Jeff VanderMeer à romancista inglesa Claire Dudman, no blogue desta – muito bom, por sinal (Janeiro de 2006). Aqui fica um excerto:

Have you ever had a life-changing event?
If so, what was it?

JV: I have had several, but I don't feel comfortable talking about the most profound of them. Most of the time a life-changing event for me has been a self-inflicted stupidity that has made me wiser or a tragedy that has made me see the world differently. But every year or two, I have what I call a kind of walking dream-time epiphany. It's where inspiration strikes so strongly that everything seems to whirl together and wherever I am, I have to sit down and write and there could be two people around me or two thousand and I don't notice them at all. These are life-changing in that they recalibrate you somewhat. You're the same but you're slightly different.
Another time, when I was out hiking and in deep forest, I came across either a jaguarandi or a Florida panther that was life-changing. Because I found I was willing to stand there and fight if I had to, which sounds hopelessly caveman, but I was glad to know that I wasn't a coward in that sense. You can be brave in that kind of situation, though, and be an emotional coward.
Generally, the life-changing events of the horrific variety come out in my dreams. When they enter my dreams and they turn to nightmares, I have to write them out of me or it becomes too much to bear.

Your new book Shriek has an unusual and very
effective structure. Can you name any important influences in your work?

JV: Shriek, structurally, is, on one level, a direct response or in dialogue with Vladimir Nabokov's Ada, in which twinned narrative voices intermingle. It is also in some structural dialogue with Views from the Oldest House by Richard Grant, which was itself an attempt to re-use the Nabokov technique with more success. I thought neither book had used the technique very successfully but thought it had potential if redeployed in a totally different context. Now, that's just one aspect of the novel, but it's an important one from a writer's point of view. I think Proust has also been an influence in that he had mastered a kind of plotless plotting. Edward Whittemore helped me in terms of an example of how you can use half-scene and summary effectively and also how to manage large stretches of time in a novel. Really, I had to learn so much to write this novel, which is one reason it took eight years to write.

E Beirute aqui tão perto

Safaa Dib é amiga e, recentemente, colaboradora nossa, tendo em mãos a tradução de A sereia de Curitiba de Rhys Hughes. Safaa é também libanesa, com família em Beirute, e, como tal, a sua preocupação nestas últimas horas é evidente e compreensível. Beirute fica, assim, dramaticamente perto. Um abraço nosso, com algo que pode parecer impossível no meio deste caos: desejo de força e resistência.

domingo, 16 de julho de 2006

Livrarias que resistem

Apesar do fecho de algumas livrarias por aí, outras resistem e cumprem aniversários: a Livro do Dia de Luís Filipe Cristóvão, em Torres Vedras (1 ano) e a O Navio de Espelhos de Sónia Sequeira, em Aveiro (3 anos). Nesta última, soubemos que Lauro António encontrou a nossa edição de Futebol: sol e sombra e gostou. Do livro de Galeano disse ele ter "verve, humor, ironia, uma escrita com estilo, suave, deslizante, que sabe bem saborear. A não perder." Aqui se prova como uma livraria pode ser catalizadora de encontros felizes.

sábado, 15 de julho de 2006

Uma livreira reage com lucidez

Justa Barbosa, livreira da Index, no Porto, toma aqui uma posição face à recente compra de uma grande rede livreira que nos parece muito lúcida e positiva, e que desejamos seja seguida por outros livreiros independentes:
"Ao contrário dos que se exasperam com as corporações, a concentração, e o domínio dos mercados, eu vejo a oportunidade. A Globalização permite o muito grande e o muito pequeno. Só deixa de haver lugar para meios-termos. Mais, este afunilamento cria espaços e estimula os projectos alternativos. As pequenas editoras, as pequenas livrarias, as pequenas comunidades, os autores de culto. Sobra uma 'imensa minoria'. Só não podemos querer jogar o mesmo campeonato."

sexta-feira, 14 de julho de 2006

More Galeano

Os americanos parecem estar a (re)descobrir Eduardo Galeano, um escritor que, devido à sua carreira, tinha tudo para não atrair atenções precisamente nos Estados Unidos. Editado, reeditado e, em certos casos, premiado. Soccer in sun and shadow (Futebol: sol e sombra), Open veins of Latin America e Memory of Fire (usamos os títulos das edições americanas) são já considerados abertamente clássicos (ainda que Open veins esteja, compreensivelmente, nas listas de livros banidos das bibliotecas de alguns estados...). Mais uma excelente entrevista, desta feita evocando os turbulentos anos de 1970.

Mais numeritos

Apesar de estarmos já em plena estação tola, George Cassiel e Nuno Seabra Lopes continuam incansáveis, facultando, sobretudo aos editores, imenso material para reflexão. No Extratexto, este interessantíssimo estudo sobre o mercado editorial em Espanha, que revela, com alguma surpresa, algumas deficiências que julgávamos exclusivamente nossas... Já agora, uma sugestão: e estudos sobre esse mundo misterioso dos agentes literários espanhóis, uma floresta onde, é certo, abundam os prestáveis e profissionalíssimos Capuchinhos, mas onde há alguns Lobos à espreita?...

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Riestra sobre Borges

Numa entrevista do ano passado, no La voz de Asturias, Blanca Riestra sobre El sueño de Borges e o inevitável JLB (vinte anos da morte cumpridos em Junho passado). Dessa entrevista, este excerto: "Ultimamente lo que interesa es que un libro sea comercial, rentable, y lo que está pasando es que éstos se están convirtiendo en productos de consumo, como las patatas. Publicar es muy complicado, así que yo me he presentado ya a bastantes premios. Un mundo editorial sano no debería funcionar sólo con los premios, tendría que haber un número suficiente de editoriales independientes para publicar otro tipo de literatura."

Frankfurt in his own words


Para ouvirem como Harry Frankfurt (Da treta - On bullshit) consegue transmitir a essência da sua tese sobre a treta em duas entrevistas feitas em ambientes diametralmente opostos: uma nos estúdios da Comedy Central a Jon Stewart (Março de 2005), e outra na Universidade de Princeton.

terça-feira, 11 de julho de 2006

Galeano in his own words

Uma excelente entrevista de Eduardo Galeano à Vanity Fair, feita no Carlyle de Nova Iorque, aquando da sua recente visita aos Estados Unidos, aqui.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Numeritos turcos e galegos

Para compreender porque os números também contam nisto de fazer livros e criar uma rede cultural, aqui (via Canhões de Navarone) e aqui. A Galiza (que não é sequer um estado reconhecido como tal pela comunidade internacional) e a Turquia (à qual faltam, aparentemente, "qualidades" para estar, com Portugal, na UE) dão o exemplo, afinal apenas um de muitos que podem envergonhar-nos.

Fim de jogo?

"O futebol profissional faz o possível para castrar essa energia de felicidade, mas esta sobrevive apesar de tudo. [...] Por mais que os tecnocratas o programem até ao mínimo detalhe, por muito que os poderosos o manipulem, o futebol continua a querer ser a arte do imprevisto. De onde menos se espera chega o impossível, o anão dá uma lição ao gigante e um negro mirrado e de pernas tortas faz do atleta esculpido na Grécia um tonto. [...]
Estes são os tempos da uniformização obrigatória, no futebol como em tudo o resto. Nunca antes o mundo foi tão desigual nas oportunidades que oferece e tão igualador nos costumes que impõe: neste mundo de início de século, quem não morre de fome, morre de tédio. [...]
Ao escrever, iria tentar fazer com as mãos o que nunca fora capaz de fazer com os pés: azelha incorrigível, vergonha dos campos de jogo, não tive mais remédio senão pedir às palavras o que a bola, tão desejada, me tinha negado." (Eduardo Galeano, Futebol: sol e sombra, págs. 180 e 181)

Cromos vintage: golo de Bettega, 1978

"A jogada do golo italiano desenhou no campo um triângulo perfeito, dentro do qual a defesa argentina ficou mais perdida do que um cego no meio dum tiroteio. Antognoni fez deslizar a bola até Bettega, que com um leve toque a dirigiu para Rossi, que estava de costas e a devolveu de calcanhar enquanto Bettega se inflitrava na área. Este ultrapassou dois jogadores e, com um remate fulminante de esquerda, bateu Fillol.
Ainda que então ninguém pudesse sabê-lo, a equipa italiana tinha já começado a ganhar o Mundial seguinte." (Futebol: sol e sombra, página 136)

Cromos vintage: ah, la France...

"Em 1958, em plena guerra da independência, a Argélia formou uma selecção de futebol que pela primeira vez vestiu as cores nacionais. Integravam esse plantel Makhloufi, Ben Tifour e outros argelinos que jogavam profissionalmente em França.
Bloqueada pela potência colonial, a Argélia apenas conseguiu jogar com Marrocos – país que, por semelhante pecado, foi desfiliado pela FIFA durante alguns anos –, além de disputar uns jogos sem qualquer importância, organizados pelos sindicatos desportivos de certos países árabes e do leste da europa. A FIFA fechou todas as portas à selecção argelina e o futebol francês castigou esses jogadores decretando a sua morte civil. Presos a um contrato, nunca mais puderam exercer a sua actividade profissional.
Mas depois de a Argélia conquistar a independência, o futebol francês não teve mais remédio do que voltar a chamar os jogadores cuja ausência as suas bancadas lamentavam." (Futebol: sol e sombra, págs. 53 e 54)

domingo, 9 de julho de 2006

Cromos vintage: Gerd Müller, 1974

"Diante da baliza aberta, lambia os beiços: a rede era a renda de noiva de uma menina irresistível. E então, liberto do disfarce, lançava a mordida" (Futebol: sol e sombra, página 127)

Cromos vintage: Eusébio, 1966

"O Mundial de 1966 foi usurpado pelas tácticas defensivas. [...] Contudo, Eusébio, o artilheiro africano de Portugal, conseguiu atravessar por nove vezes essas impenetráveis muralhas [...] Eusébio: pernas altas, braços caídos, olhar triste." (Futebol: sol e sombra, páginas 113 e 115)

sábado, 8 de julho de 2006

Cromos vintage: Zidane, 1998


"Zidane presidente, escreveram mãos anónimas, no dia da celebração, em pleno frontão do Arco doTriunfo. Presidente? Há muitos árabes, ou filhos de árabes, em França, mas nenhum é sequer deputado. E muito menos ministro." (Futebol: sol e sombra, página 176)

Onde comprar

Se chegaram aqui sem passar pelo site, e gostariam de saber onde e em que livrarias podem comprar os nossos livros, sugerimos uma consulta à nossa página Onde Comprar, permanentemente actualizada, e que inclui fotos de livrarias e livreiros e seus contactos. Sem fazer a inumeração exaustiva aqui, digamos apenas que, se vivem em Lisboa (11 livrarias), Porto (5), Aveiro (2), Braga (1), Coimbra (3), Faro (1), Guimarães (1), Leiria (1), Monção (1), Torres Vedras (1), Viana do Castelo (2), Vila Nova de Gaia (1), Vila Praia de Âncora (1), Viseu (1), estão com sorte. Esta listagem geográfica inclui duas cadeias nacionais de lojas, a Bertrand e a FNAC. Se não vivem em ou perto destas cidades, têm duas hipóteses: podem comprar directamente através do site, ou sugerir aos vossos livreiros que se mexam. Convenhamos: já foi mais difícil darem connosco.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Por lapso

Tínhamos o acesso aos comentários restrito aos bloggers, mas a situação está já alterada de forma a que quem quiser comentar, propor, opinar, propinar ou, muito simplesmente, meter o bedelho, o possa fazer.

Só não damos as pipocas

Um autor vindo directamente do outro lado do Atlântico,
um livro fresquinho e... um filme! Na apresentação de
A transformação de Martin Lake & outras histórias
, Jeff VanderMeer decidiu fazer de Lisboa a primeira cidade na Europa onde Shriek – filme de 10 minutos baseado no seu último romance Shriek: an afterword e para o qual ele escreveu o argumento – é exibido. Foi realizado pelo finlandês Juha Lindroos e tem música original da banda australiana The Church. Só não damos mesmo as pipocas...

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Cromos vintage: Itália, 1938

"Meazza ganhou impulso, e no preciso momento em que ia dar a estocada, cairam-lhe os calções. O público ficou estupefacto e o árbitro quase engoliu o apito. Mas Meazza, sem hesitar, arrepanhou os calções com um rápido golpe de mão e venceu o guarda-redes desarmado pelo riso. E esse foi o golo que lançou a Itália para a final." (Futebol: sol e sombra, página 77)

Martin Lake vem aí


Esta é a capa de A transformação de Martin Lake & outras histórias de Jeff VanderMeer, uma edição limitada a 200 exemplares, numerada e assinada pelo próprio autor, que apresentaremos na FNAC Colombo, dia 24 de Julho às 21:30 horas. São 146 páginas do melhor fantástico que se escreve actualmente, e com sábias vénias a mestres como Calvino e Borges. Repetimos, assim, o que fizemos com Rhys Hughes e Em busca do Livro de Areia & outras histórias, esperando que com o mesmo sucesso.

Marcelo dixit

Nem sempre acontece, mas desta vez não conseguimos discordar do Professor: de Futebol: sol e sombra de Eduardo Galeano disse ele, na passada emissão das Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa (RTP 1, 2 de Julho), que são "crónicas saborosíssimas", recomendando-o aos que "não gostam de futebol mas gostam de bons escritores" e exortando-os a fazerem a experiência. Concordamos sem disputa.